Reciclagem de Resíduos Sólidos!

Atualmente, o conceito de “lixo” mudou. Antigamente, era tido como algo inútil, sem valor e proveito. Nos dias atuais, é encarado como algo que pode ser útil e aproveitável.
A maior parte do lixo que jogamos fora não é sujo, fica sujo depois de misturado com outros objetos que não estão em bom estado para o uso. Se o material jogado no lixo fosse separado adequadamente, a quantidade a ser coletada iria ser bem menor. 

No que se refere ao tratamento de detritos, existem ações simples que a gente só não realiza por não saber o correto de agir. A maneira como cuidamos do nosso lixo é uma dessas práticas que precisamos aprender, por exemplo: como separar cada objeto que lançamos fora, qual ou quais os tipos de sacos devemos usar para armazenar esses materiais, onde depositar cada tipo de lixo, conforme a cor das lixeiras.

A maior parte desse material é depositado em terrenos abandonados,  comumente chamado pela população de terrenos baldios ou “lixões”. Com o advento do consumismo, o crescimento do número e da variedade de embalagens de produtos aumentou acentuadamente. Quando os detritos são jogados nesses locais, são disputados as “tapas” por uma multidão de mendigos que fazem do lixo um novo meio de ganhar a vida. 

Contudo, o que essa gente, provavelmente, não sabe é que eles estão expostos a inúmeras bactérias, mosquitos transmissores de doenças, a leishmaniose, e outros tipos de patologias.
Vale salientar que existe uma substância gerada pela decomposição destas sobras lixo: o chorume (líquido preto que escorre do lixo). Este penetra na terra levando ao solo e ao lençol freático substâncias contaminantes. No atual momento, os “lixões” estão sendo substituídos pelos aterros, sejam eles os controlados ou os sanitários.

O aterro controlado está no intermédio entre o lixão e o aterro sanitário. Ele recebe uma camada de argila e grama para a captação de chorume e gás, diminuindo ,assim, a quantidade de substância poluidora do solo. No aterro sanitário, por sua vez, a base de seu terreno é nivelado e o solo é impermeabilizado com camada de PVC. Tal procedimento, o qual é realizado previamente ao lançamento dos detritos, torna o aterro sanitário adequado para a disposição dos resíduos sólidos urbanos. 

Ainda não dispomos de mecanismos que anulem a produção de lixo, mas podemos pelo menos diminuir a produção a partir da cultura dos 3R: reduzir, reutilizar e reciclar. Muito se ouve falar em Educação Ambiental, cujo objetivo é ensinar as pessoas a utilizarem melhor os recursos que advêm da natureza. Desse modo, através de programas educativos sobre o meio ambiente, procura-se despertar a conscientização dos cidadãos para questões como a reutilização de embalagens, reciclagem, utilização abusiva de outdoors (uma das causadoras da poluição visual) etc. Assim, é possível percebermos que coisas simples, porém relevantes, poderemos fazer para evitarmos que a natureza sofra desequilíbrios e nós soframos catástrofes ambientais.

Portanto, conhecendo um pouco a importância de como cuidar do lixo, o homem se torna menos agressor da natureza e passa a respeitá-la melhor.

1) Quais são os tipos de lixo?

Existem diversas formas de classificar o lixo. Quanto à origem, o lixo pode ser classificado em residencial, comercial, público e de fontes especiais. Entre os últimos, se incluem, por exemplo, o lixo industrial, o hospitalar e o radioativo. No que tange a sua composição química, o lixo pode ser separado em orgânico ou biodegradável e inorgânico (reciclável e não reciclável). Já em relação à periculosidade, os órgãos normativos classificam o lixo em Classe I (perigosos), Classe II (não perigosos), Classe II A (não inertes), ou seja, podem ter propriedades como combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade e Classe II B (inertes).

2) Quais os danos causados pelo lixo?

Caso o lixo não tenha um tratamento e uma disposição final adequada, ele acarretará sérios problemas ao meio ambiente. O lixo pode causar a poluição do solo, tornando o ambiente propício ao desenvolvimento de transmissores de doenças, além do aspecto degradante associado ao seu entulhamento. Tudo isso, pode causar também a poluição das águas, alterando as características do ambiente aquático e a poluição do ar, originando riscos de migração de gás, explosões e até de doenças respiratórias.

3) Como os gases que são liberados pela decomposição do lixo podem ser reutilizados?

O processo de decomposição dos resíduos produz líquido percolado (chorume) e biogás. Este contém elevadas concentrações de gás metano (CH4), que pode ser utilizado como combustível. O uso deste gás, que fatalmente chegaria à atmosfera, reduz os impactos ao meio ambiente, decorrente da disposição final do lixo. 

4) Lixo x Problemas Sociais, qual sua opinião?

Todo o lixo depositado de forma irregular, seja a céu aberto ou não, atrai vetores de doenças que podem contaminar a população local. Além disso, os lixões são a única fonte de renda de milhões de brasileiros de baixa renda. Como quase todas as atividades humanas resultam em grande desperdício e, cerca de 80% do lixo brasileiro vai para depósitos a céu aberto, é muito propício que catadores revirem o lixo à procura de materiais recicláveis, de objetos de valor e até de alimentos, muitas vezes, estragados e contaminados, demonstrando o ápice da degradação humana. Somado a isso, os profissionais que trabalham na recuperação de materiais recicláveis, como catadores independentes ou cooperativados, sucateiros e aparistas, enfrentam riscos de contraírem doenças e sofrerem acidentes de trabalho.


Débora Gurgel / Redação



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